sexta-feira, agosto 28, 2009

"Cachaça em Pernambuco, renda só no ceará, café só em São Paulo, açaí só no Pará, no clube o ano novo, bom na rua é carnaval, natal presta em casa e são joão no arraial!"

Luiz Gonzaga

segunda-feira, agosto 24, 2009

Toca Raul!


"Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual. Eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total, na loucura real". Com letras criativas e às vezes até auto biográficas o Brasil ficou conhecendo um dos músicos que marcariam gerações da música nacional, o baiano Raul Seixas, ou melhor Raulzito, possuía um humor sarcástico e uma genialidade indiscutível.

O seu trabalho foi fortemente marcado por experiências filosóficas e pelo ocultismo, fatos que levaram a se formar um mito que tinha sua vida pessoal misturada a histórias místicas. Raulzito parecia gostar dessas histórias e certamente fazia questão de alimentar algumas delas. Bom, se ele não gostava delas, pelo menos acreditava em algumas lendas.

Porém, não estamos aqui para discutir contos que todos sabem, ou ficarão sabendo um dia, mas sim para prestar uma homenagem (ainda que um pouco tarde) a esse artista que contínua a cativar inúmeros fãs. Já ouvi diversas pessoas falarem que não gostam da música de Raul Seixas, apesar de discordar desse ponto de vista não posso obrigar as pessoas a ouvirem aquilo que as desagrada. Independente do que os outros acham sempre fui um grande fã da obra "Seixiana".

Ao ouvir os primeiros sons de Raul percebi que ali havia algo diferente, o rock com baião me conquistou e aos poucos passei a escutar um pouco mais, e mais, e mais, até que estava viciado naquele som. Confesso que no início não compreendia muito as letras mas, a medida que prestava mais atenção àquelas poesias ia percebendo o que ele realmente queria dizer e aquilo foi fazendo inteiro sentido pra mim. Não sei se me tornei um "maluco beleza", mas se algum dia chegar a esse patamar estarei imensamente feliz. "Faça o que tu queres há de ser tudo da lei"!


Pra aqueles que se interessarem segue abaixo alguns vídeos. Bom proveito:










sexta-feira, agosto 07, 2009

Das canções dos Beatles surge uma ideia, a partir daí uma grande história


Confesso que sou grande fã do grupo britânico The Beatles – assim como muitos nesse mundão a fora – e foi por causa dessa admiração que resolvi assistir ao filme “Across the Universe”. Logo nas primeiras cenas percebi que não se tratava de uma produção qualquer e sim de um longa de extrema qualidade e muito bem feito.

Por não ser um crítico não me deterei a tentar fazer uma análise técnica dessa obra e preocuparei a transmitir a vocês o que me levou a admirar “Across the Universe”. A história pode parecer simples, composta por um senso comum em muitos filmes produzidos anualmente: uma relação de amor que enfrenta as mais variadas dificuldades.

Porém, “Across th Universe” é feito de muito mais coisa e a trama central se desenvolve através de vários contextos, que vão desde a guerra do Vietnã e os protestos a favor da paz, passando por jovens que buscam a independência e a sua relação com as drogas e finalizando com disputas ideológicas, duelo de egos e brigas amorosas.


O filme não se esforça em ser um soco no estômago de ninguém e muito menos servir como lição de moral a ninguém. O objetivo central aqui é desenvolver uma história a partir dos muitos poemas deixados pelo quarteto britânico que tanto inspirou o mundo. E é nesse ponto que o filme encontra o seu grande mérito, o de construir uma narrativa lógica amarrando – e bem – os poemas dos Beatles em uma narrativa lógica e bela.

Para aqueles que buscam um grande filme, fica a dica: “Across the Universe”, um filme que surpreende e agrada até aqueles que não são admiradores da obra deixada por um dos grupos mais influentes do mundo.
Ficha técnica:
Across the Universe
(Across th Universe, EUA, 2007, 2h11)
Diretor(es): Julie Taymor
Roteirista(s): Dick Clement, Ian La Frenais, Julie Taymor
Elenco: Evan Rachel Wood, Jim Sturges, Joe Anderson, Dana Fuschs, Martin Luther, T.V. Carpio, Spencer Liff, Lisa Hogg, Nicholas Lumley, Michael Ryan, Angels Mounsey, Erin Elliott, Robert Clohessy, Curtis Holbrook, John Jeffrey Martin

quarta-feira, agosto 05, 2009

A favor da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista



O dia 17 de junho ficará marcado na mente dos profissionais de comunicação devido a uma decisão que a meu ver é errônea. Esse ato irá colaborar para a desqualificação de toda uma classe de profissionais que há anos vem executando um serviço para a nossa sociedade: levar informação de qualidade ao povo brasileiro.

Afirmar que essa decisão segue as normas para o exercício de jornalismo em países em que os meios de comunicação são considerados os melhores do mundo é uma besteira completa. Nos EUA e Europa não existe a obrigatoriedade do diploma de jornalismo, porém as empresas de comunicação buscam contratar profissionais devidamente instruídos nas faculdades de comunicação social. Isso ocorre pelo fato de um jornalista formado vive uma rotina de discussões que abrange não somente teorias e práticas sobre o ofício de comunicador, mas engloba reflexões sobre questões éticas que irão ajudar o profissional a determinar os limites que poderá atingir com o seu trabalho.

O maior dano causado pelo fim da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista é a possibilidade de pessoas sem qualificações entrem em um mercado onde o ofício é delicado e o mau exercício das ferramentas de comunicação pode ter conseqüências sérias.

É fato concreto que o cidadão possui direito a informação e de divulgar suas ideias através da imprensa, esse argumento vai de encontro a uma das afirmações do STF que dizia que “obrigatoriedade do diploma de jornalista fere a isonomia e a liberdade de expressão garantida pela Constituição” (Gilmar Mendes). Esse argumento é facilmente derrubado através de uma reflexão realizada por Alberto Dines que transcrevo abaixo:

“(...) na quarta-feira em que a decisão foi tomada, nas edições dos três jornalões, dos 29 artigos regulares e assinados, apenas 18 eram de autoria de jornalistas profissionais, os 11 restantes eram de autoria de não-jornalistas. Esta proporção 60% a 40% é bastante razoável e revela que o sistema vigente de obrigatoriedade do diploma de jornalismo não discrimina colaboradores oriundos de outras profissões”.

Portanto, venho através deste breve texto defender a necessidade da obrigatoriedade do diploma para o exercício jornalístico. E isso não se deve apenas por ser um jornalista recém formado, mas por acreditar que uma boa formação acadêmica é extremamente necessária para que qualquer tipo de profissão possa ser exercida de maneira idônea e que apresente resultados de qualidade. Infelizmente no Brasil o bom jornalismo sofreu um sério golpe e não dependerá apenas de uma boa formação e sim de diversos outros elementos. Como costumam dizer: “Que Deus nos proteja!”