quarta-feira, junho 23, 2010

O caminho. Mais que o destino; o caminho


VIAJO PORQUE PRECISO, VOLTO PORQUE TE AMO

O Cavalo Rei

Sem dúvida, era o maior comedor de todos os tempos, e ele sabia bem disso. O seu pau significava morte, porque, realmente, era capaz de matar. Os orgasmos que causava nas mulheres eram intensos, matava-as. Aquela descarga de amor desenfreado misturado com pura sacanagem acabava com qualquer alma feminina. Todo aquele prazer líquido era demais para elas, fazendo cada extremidade corporal desesperar-se de excitação. Uma excitação tão voraz que acabava com vidas, dignidades e vontade de viver. Nenhuma moça se sentia viva sem aquela erosão gozada...e todas sempre queriam mais.

Dizem que durante a segunda guerra, ele escapou de um campo de concentração após passar cinco dias distribuindo amor sem parar entre as generalas alemãs. Todas elas ficaram loucas, perderam a cabeça e nunca mais conseguiram gozar com outros homens. Foram dominadas pela pica de ouro suprema.

Depois de se deitar com todas as mulheres que valem a pena no mundo, decidiu partir para outro plano astral. Nunca mais foi visto...

terça-feira, junho 22, 2010

Fazenda do Cabral

Chegamos!

Casa Azul, Janelas Grandes,

Pé direito alto, porão.

Galinhas caipira, galinhas dangola

Trator, Bezerros, Cavalos.



A casa fala com o andar na madrugada

Ouvimos coxixos do quarto ao lado

É a fazenda do Cabral



Cerveja gelada, churrasco do Aluísio

Sertanejo, peãozada e a família Cabral Cruz

Papo na varanda, Bezerros, bolsa de valores, cavalgada.



E a Pica? Que comida boa

Sim, a Pica. A melhor cozinheira

Aquela de comida a lenha, comida mineira

Angu, colve, costelinha.



É a fazenda do Cabral.

segunda-feira, junho 21, 2010

Pré-compreensão do Estado Moderno


Para podermos compreender o Estado moderno temos que visitar as obras de grandes autores como Machiavelli, que demonstra o significado do absolutismo para construção do Estado nacional.

Maquiavel foi secretário da segunda chancelaria da República de Florença, diplomata, historiador, poeta e dramaturgo. Ele representava um arquétipo renascentista, ou seja, um belo bom vivant. No seu livro, “O Príncipe”, escrito em 1513, o florentino apresentava-se como o primeiro cientista político a desenvolver o conceito político de Estado, observando as duas formas de poder preponderantes na fragmentada Itália: a República e o Principado. Maquiavel estudou, em particular, as exigências do governo de um homem só, despertando polemica, razão pela qual o livro foi colocado no índex da igreja católica, em 1559. Segundo Gramsci, “O Príncipe” trata-se de um livro vivo, no qual a ideologia e a teoria política se fundem na forma dramática do mito, símbolo de uma vontade coletiva.

Maquiavel deve ser analisado em seu contexto histórico. O pensador italiano foi fiel à sua época e à sua classe ao justificar a organização das monarquias nacionais absolutas como forma política do Estado moderno, o que permitiria e facilitaria um ulterior desenvolvimento das forças produtivas do capitalismo.

O autor florentino recorre, constantemente, à metáfora, destilando sua fina ironia para caracterizar os homens como seres malignos, ingratos, volúveis, hipócritas, dissimulados, gananciosos e temerosos ante os perigos. Tais atributos negativos integram a natureza humana e demonstram que o conflito e a anarquia são desdobramentos necessários dessas paixões e instintos malévolos. Segundo Verdú, essas bases antropológicas da concepção maquiavélica explicam seu ceticismo em relação às possibilidades de permanência das repúblicas e sua esperança em um príncipe audaz, enérgico, dotado de virtú, protegido pela fortuna, que possa libertar a Itália de seus invasores.

Para Maquiavel o poder só pode ser conquistado através das seguintes formas: Virtù (realidade subjetiva que exige atitude dinâmica do governante, o qual deve ser dotado de sabedoria e ambição dos grandes fundadores do Estado), Fortuna (acaso ou sorte que sempre deve acompanhar o governante, constituindo-se numa realidade objetiva e mutável), vis ou força (o governante pode e deve fazer uso da força quando julgar necessário para a sua ascensão e manutenção no poder, utilizando-se de ações aceleradas e nefandas ou do favor dos outros concidadãos) e Consentimento dos cidadãos (o governante, dotado de astúcia afortunada, logra a anuência ou a ajuda de seus compatriotas em sua ascensão ao poder, ao configurar o principado).


P.S.: Este texto é uma cortesia de Victor Sampaio para os leitores do Interrogação.

sábado, junho 19, 2010

O Deus do Amor

Ele transava com anãs como ninguém. E não tinha motivo algum para se envergonhar disso. Tarados não se envergonham, ainda mais, se for um tarado por anãs. Era casado, pai de dois filhos, um era viado. Amava a esposa, 22 anos ao seu lado. Mas, era tarado por anãs, loiras, rechonchudas e carismáticas. Andou cheirando muita cocaína por um tempo...parou. Ficava violento e quase se tornou medíocre no sexo com as anãs – a única coisa que ele sábia fazer direito. Dava a elas carinho paternal, seguido de despejo de taras incessantes, e pelo que me contaram, devia ter um cacete enorme.

Duvido que esse rapaz já tenha brochado antes.

Depoimento de um ex-maconheiro

(Carlos quando perguntado sobre seu ex vício)

Você ta certo. No meu caso, a lezeira era o maior problema. Era só a fumaça subir pra cabeça que eu já não queria saber de mais nada. Ficava curtindo, viajando... aquela conversa arrastada. Expansão da mente na alta, bixo. Esquecia de ir ao shopping, esquecia de ir buscar meu cachorro no veterinário. Meu irmão, teve uma vez que o dog ficou três semanas no veterinário, esqueci mesmo. Se eu começasse estourando o frango logo de manhã então, nem adiantava me ligar pra mais nada. Só se fosse pra botar fogo em mais uns, claro.

Mais regrada... Sim, com certeza, minha vida está mais regrada. As chances de eu fazer algo, quando digo que vou fazer, aumentaram. Isso não dá pra negar. Claro, não sou a pessoa mais pontual do mundo, afinal de contas, todo mundo tem seus defeitos... Esse trânsito atualmente não está pra brincadeira não.

Meus amigos? Sim, sim, eles gostam do negócio também, quer dizer, também são usuários. Quase todos. Fiz muitos amigos por causa da maconha e acredito que o fato de eu ter dado um tempo - um tempo não, eu parei mesmo - não vai interferir nas minhas amizades. Quando eles vão fazer o deles, eu simplesmente me retiro, na boa; a carne ainda é meio fraca, né? Então, ou eu me retiro ou eles fumam sem eu estar perto. Tenho sorte de ter amigos compreensíveis. No final, fica tudo na paz.

Acredito. Claro, claro, a droga abriu a minha cabeça. Tô falando é de expansão da mente mesmo... Porque, além, de ficar doidão, eu sempre busquei outros benefícios, tipo... a expansão da mente. Hoje minha visão de mundo mudou. Não sei explicar direito... mas é diferente. Uma primavera verde, sei lá. O mundo é uma primavera verde. Desculpa se estou viajando... tudo isso é sinergia pura.

Odeio gente paranóica.

Pois é, essa é a questão. A maconha tem um lado positivo, já falei, expansão da mente, descoberta de novo horizontes e tudo mais, mas ficar três semanas sem lembrar de buscar o próprio cachorro no veterinário é foda. Foi a partir daí que comecei a repensar as coisas...

quarta-feira, junho 16, 2010

Entre um trago e outro


Um copo de whisky sem gelo. Para algumas coisas sou bastante convencional, não acredito em água e muito menos em energético no whisky. Algumas coisas não devem ser mudadas e sim encaradas na sua forma mais crua. O que tento dizer é que devemos viver sem máscaras, são esses artifícios que tiram o sabor da vida. Sei que tudo isso não passa de palavras vazias, mas pra mim as coisas são assim.


Hoje as coisas parecem um tanto melancólicas, culpa do frio eu acho. E gosto disso, baixas temperaturas tornam o exercício de reflexão mais humano. Entre um trago e outro fico imaginando como seria a vida se nela tivesse espaço para coragem. Um homem se caracteriza por suas escolhas e começo a acreditar que as minhas não foram guiadas por nenhum sentimento nobre. Não que isso seja um privilégio meu, já que a nobreza há muito foi esquecida. É típico do ser humano vender a idéia de pureza, embora saibamos que somos impulsivos e o eu está em primeiro lugar. O egoísmo é a verdadeira natureza humana. Dizem que isso é um pensamento triste e eu concordo com todos vocês, mas sejamos realistas: essa é a vida. Tudo é bem simples. Melancólico, mas simples.


Se hoje tenho como companhia apenas a caneta e o papel é por causa de pensamentos assim. Não reclamo, ainda me resta o whisky sem gelo.


terça-feira, junho 08, 2010

Baforadas matinais


É dia. Oito horas pra ser exato. Tem alguma coisa estranha, nunca acordo de manhã, pelo contrário, sou uma criatura noturna. Durmo pela manhã, trabalho a tarde e bebedeira pela noite. Não sei por que escolhi viver assim, simplesmente gosto. Sou escritor e as melhores histórias são encontradas a noite, é nesse horário que as pessoas resolvem se mostrar. Experimente encontrar compaixão numa viela coberta de sombra e achará apenas libertinagem, bebidas e euforia. Além, é claro, de brigas e muito cinismo. Enfim, a verdadeira natureza humana e diversão no seu sentido mais verdadeiro afinal não podemos fugir de nossos instintos.


Essa face crua da vida me atrai tanto quanto as mulheres e é dessas cenas que vêm as minhas histórias, é o combustível impulsionador da minha imaginação. Só não sei o que me levou a acordar tão cedo, não sei hoje me falta criatividade ou quem sabe aé o começo de um inabilidade de escrever. Bom, agora nada disso me interessa. Se quer saber, agora só desejo um cigarro e a libertadora baforada.