sexta-feira, agosto 27, 2010

"abriu os braços devagar"


"Tem hora em que a gente se pergunta: porque que não se junta tudo numa coisa só? E o que resta é sem sentido. Fico perdido, sem direção... Abaçaiador. É assim que eu tô. Abraçando a dor. É assim que eu vou... E quando o nó cegar, deixa desatar em nós. Solta a prosa presa, a luz acesa... Lá se dorme um sol em mim menor... Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior..."

O que mais tenho para dizer se, nesse momento, as palavras de outras pessoas falam por mim? A sensação é que não há mais o que dizer... esgotaram-se termos bonitos, completos, exatos. Me falta o léxico, me falta a prosa, me faltam idéias, me falta a resenha, me faltam sinônimos, antônimos, adjetivos, substantivos e verbos... Aliás, depois que O Teatro Mágico entrou na minha vida: "falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo... vai saber se o que me deu, quem sabe? Vai saber... quem souber me salve..."

quinta-feira, agosto 26, 2010

Um pouco sobre intenções


Ele resolveu fazer uma vista a Ela, já fazia algum tempo que não a via. Gostava do jeito dela, aquele olhar, as conversas e, sobretudo, era muito bela. Seguiu seu caminho acreditando que faria uma boa surpresa.


De fato foi uma grande surpresa, mas não do jeito que Ele esperava. Assim que Ela abriu a porta percebeu que havia alguma coisa errada: sua amiga estava em prantos. A princípio não entendeu muito bem o motivo de tanto choro, mas entrou com intuito de oferecer um ombro amigo ou que Ela precisasse.


Sentaram-se na sala e se puseram a conversar. Entre cada palavra um soluço e a cada soluço um abraço. Ela sentia que estava sendo compreendida e tinha ao seu lado uma pessoa com quem podia contar. Ele sem entender muito bem o que se passava, mas sabia que de alguma fazia forma a coisa correta.


O tempo passava e os afagos precederam um longo e caloroso beijo. As coisas ficaram quentes e como não podia ser diferente tudo terminou numa transa daquelas. No final Ele acendeu um cigarro: trabalho bem feito. Ela enfim tinha sido consolada.


Agora dizem que toda visita é cheia intenções e o mundo nunca mais foi o mesmo. Assim disseram as escrituras.

quarta-feira, agosto 18, 2010

Definição de Esquerda

As palavras “ESQUERDA” e “DIREITA” vêm do ambiente radical democrático da Revolução Francesa. Quando, entre 1789 e 1791, a Assembléia Constituinte da França se dividiu em relação à questão do veto real e dos poderes reservados ao rei, os radicais colocaram-se fisicamente à esquerda da câmara, quando vistos a partir da cadeira do presidente, enfrentando os conservadores, que se colocaram à direita. Como esse alinhamento deixava claro, a “esquerda” passou a ser identificada com uma atitude fortemente democrática, que defendia a abolição do veto real, um Legislativo em câmara única, um Judiciário eleito, e não nomeado, supremacia do Legislativo, em vez da independência dos poderes e um Executivo forte, e acima de tudo o direito democrático de um voto para cada homem.

A grande trindade retórica da Revolução Francesa- “liberdade, igualdade, fraternidade”- tem as mesmas origens. À parte as conotações de gênero, “fraternidade” implicava um ideal de solidariedade social vital à maioria dos movimentos de esquerda, enquanto “igualdade” residia no núcleo filosófico da esquerda. Ademais, ao exigir o governo do povo, a esquerda procurou derrubar o poder de uma classe socioeconômica dominante ou simplesmente uma estrutura corrupta de governo. Acreditava-se que a soberania do povo era negada não apenas por sistemas políticos restritivos e repressivos, mas também por estruturas sociais desiguais. Na tradição da esquerda, alguma forma de justiça social era praticamente inseparável da busca da democracia.

quinta-feira, agosto 12, 2010

#prontofalei

Ora vamos, você nunca teve aquela vontade sem controle de dizer coisas inaudíveis?
Nunca se perguntou pra onde foi a coragem na hora de falar poucas e boas na cara de alguém?
Aposto que já se odiou por deixar passar a oportunidade de ser super sincero...

E não só isso, quem nunca quis que o tempo voltasse pra dizer um "eu te amo" sincero?
Pra fazer um elogio honesto. Pra tecer comentários bondosos.

Você, com certeza, pensou, arrependido, que uma verdade dita na lata poderia ter sido mais positiva do que a omissão...

Todo mundo passa por isso. E todo mundo se arrepende. Todo mundo quer voltar atrás.

Pois bem, maturidade e vivência te dão essa capacidade.

Cheguei a um estágio de vida em que nada passa. Nenhum comentário mordaz ou ferino, nenhuma palavra carinhosa, nenhuma frase afetuosa, nenhuma ação amorosa.

A verdade é que a gente descobre que o tesouro mais caro da vida são as relações humanas. E elas são feitas de elogios e críticas. De amor e ódio. De ótimas convivências e péssimas amizades. De sinceridade e falsidade. De equilíbrio.

Mas não é aquele equilíbrio de corda bamba: ou você anda a passos curtos e incertos... ou tomba em queda livre! Não!

É aquele equilíbrio em que ora se flerta com o lado bom e positivo das relações, ora se "engalfinha" com a crueldade da convivência com o outro...

Todos temos um "q" de vilão. Todos somos uma porção "mocinho". Mas a grande parte do tempo, todos somos antagonistas de vidas traçadas a lápis. O importante é saber que usar a borracha não é defeito. É solução.

Se eu tivesse usado minha borracha da vida mais vezes, teria me arrependido menos do que deixei passar. Teria menos culpas, teria dito menos "se", teria pensado que voltar é retrocesso sempre! Em todas as ocasiões.

Mente quem diz "damos um passo atrás para dar três à frente". Tudo balela! Damos um passo atrás, porque não conseguimos mais andar para frente! Hoje em dia me permito, no máximo, dar passos para o lado! Pra trás, olho apenas pelo retrovisor!

Diria Fernando Anitelli: "Retrovisor é passado. É de vez enquando do meu lado... nunca é na frente... é o segundo mais tarde... (...) Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento. Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas. (...) Deixa explícito que se vou para frente, coisas ficam para trás... a gente só nunca sabe... que coisas são essas".

#prontofalei

quarta-feira, agosto 11, 2010

Dois Mil e Jazz


Vamos falar hoje um pouco de Jazz, uma dificil tarefa para min. Um pequeno conhecedor desta manifestação artistica cultural. Lembrando que são pequenas idéias, pequenas histórias e quase nada da origem.

Jazz é uma manifestação artístico-musical originária dos Estados Unidos. Tal manifestação teria surgido por volta do início do século XX na região de Nova Orleães e em suas proximidades, tendo na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.

As origens da palavra Jazz são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal fato. O Jazz não foi aplicado como música até por volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado músico de jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da palavra "jazz" ser inventada".

Apesar de o Brasil não ter explicitamente músicos de jazz, existem seguidores do estilo jazz adaptado à cultura do país, e a música instrumental brasileira pode ser rotulada como “jazz do Brasil”. O Jazz no Brasil sofre uma adaptação e improvisação que levam os nossos ritmos - samba, bossa nova, mpb, choro, xaxado, maracatu, baião e tantos outros - para o mundo todo.

Ao falar em jazz no Brasil, é importante lembrar da inesgotável criatividade musical brasileira, que diversificou seu estilo em diversas ramificações e estilos adaptados à nossa cultura e às influências do samba, do choro, da música modal originária da África.

Temos alguns exemplos de músico brasileiros, tais como:

Milton Nascimeto
Toninho Horta - Guitarra
Carlos Malta - Saxofone
Tom Jobim - Pianista

Fica a dica, o festival "Tudo é Jazz", que irá acontecer em nosso maior patrimônio Mineiro, Vila Rica. Entre os dias 16 á 19 de setembro. Com grande tributo a Loius Armstrong e aos 300 anos de Vila Rica.

Lembrando que temos a casa do Chura e do Kiki, o mais novo bicho de Ouro Preto. Para nos acomodar.

domingo, agosto 08, 2010



"Quando a vida não encontra um cantor para cantar seu coração, produz um filósofo para falar de sua mente."
[Gibran Kallil Gibran]

sábado, agosto 07, 2010

teatro mágico









































fui dormir pra te esquecer, mas sonhei o sono inteiro 


























com você






















































quinta-feira, agosto 05, 2010

Verdadeiramente Companhia


Tem uma frase famosa, do livro "Quando Nietzsche Chorou", que diz: 'odeio quem me rouba a solidão sem oferecer, verdadeiramente, companhia'.

Roubar solidão é fácil... basta uma mensagem carinhosa no celular. Um bate papo envolvente no msn. Uma ligação numa madrugada de sábado. Um recado mandado pela melhor amiga. Um comentário malicioso numa foto do orkut. Uma DM no twitter.

Roubar solidão é ser presente, sendo ausente. Te rouba a solidão aquele cara que participa da sua vida sem te enconstar a mão! Aquele cara que te cozinha em banho-maria. Aquele cara que está sempre por perto, mas você nunca o vê. Te rouba a solidão de uma forma tão cruel e sedutora, que você aceita e vai levando.

Mas aí... tem aquele carinha que não pode te ver que abre um sorrisão. Ele te encontra na balada, te dá um abraço apertado e um beijo estalado. Ele faz questão de conversar com você a noite inteira. Ele busca a cerveja pra você. Ele te oferece o isqueiro. Ele te chama pro cinema, pra mesa de buraco, pra cervejinha de quinta, pro churraco de um amigo... Ele te quer por perto. Ele te liga, sim, mas quer te encontrar. Ele está sempre por perto... Ele te oferece, verdadeiramente companhia!

Aí, eu te pergunto, com quem você vai dormir de conchinha numa noite fria regada a vinho e sexo?