sábado, dezembro 29, 2012

em 2012, eu amei!!!


Para quem achava que eu só teria a capacidade de cultivar ódio e irritação, até que em 2012 eu consegui amar em grandes doses e porções consideráveis. Amei demais... amei como se nunca tivesse amado antes. Amei gente, coisas, sites, músicas, programas de televisão, lugares... haja amor pra distribuir!

E eu achava que já tinham me dito tudo em relação ao amor! Mentira! Ele está sempre lá e eu aprendi, em 2012, que todas as coisas que nos acontecem trazem consigo uma bela quantidade de amor extra!

Sabe a nota de 10 reais que você achou no bolso do primeiro casaco que usou no inverno desse ano? O amor estava juntinho dela quando a gastou comprando aquele batom novo. E o tal do sentimento nobre voltou a aparecer no sorriso que não saia do seu rosto ao amadrinhar o casal de amigos que se casaram. E digo mais, que outro sentimento faria você colocar o som no talo e cantar a plenos pulmões no meio de um engarrafamento monstruoso?



Tá certo que passamos a vida juntando histórias de amor romântico. Mas o sentimento é mais amplo que isso. Claro que amei uns caras ao longo do ano. E só de pensar nisso, vieram uns cinco nomes à minha cabeça. Cinco caras incríveis, cada um a seu tempo, cada um do seu jeito, cada uma com sua marca imutável e cada um passando e partindo.

Mas em 2012 eu amei mais do que esses caras! Em 2012, esses caras me mostraram que importante mesmo era me amar e amar tudo o que poderia ser feito por mim.

Por exemplo, eu amei incondicionalmente a mocinha que vi no espelho nos últimos trezentos "e lá vai bolinha" dias. Amei mesmo! Sem dó e medo de sofrer. Me afastava dela um pouco, não achava tão bacana assim... mas o amor estava lá. Firme. Forte. Uma muralha resistindo às pedradas que vieram.



Esse ano também amei as conversas furtivas que tive pela internet. Bate papos que vararam manhãs, tardes, noites, madrugadas. Amei ter esse computador no colo por mais tempo do que poderia imaginar e amei cada palavra que li e escrevi com endereço certo... mas que indiretamente.

Sabe o que também amei demais? A inspiração que tive ao longo desses 12 meses. Nunca produzi tanto e nunca escrevi textos tão bons. E sobretudo, amei cada leitor que acompanhou minhas atualizações, que comentou, que compartilhou, que me disse que gostou ou que simplesmente dá um pulinho aqui de tempos em tempos... Essa foi a verdadeira química de amor que rolou na minha vida.

Ahhhh e eu amei os sexos que fiz em 2012. Só porque foram poucos, mas inesquecíveis! Há que se ressaltar a palavra inesquecível! Porque sempre que penso nisso termino com um sorriso bobo de canto de boca e um olhar perdido de flashback.


Outra coisinha que o amor não correspondido pelos caras que citei (lá em cima) me trouxe, foram amizades! Seja diretamente apresentadas por eles... seja porque passei muita raiva, saí pra me distrair e conheci gente nova. De qualquer jeito, se em algum momento odiei alguém... no momento seguinte amei porque me trouxe outro alguém melhor!

Mas acho que o que mais amei foi minha auto descoberta. Os amores não correspondidos de 2012, e mesmo os mal correspondidos, me ensinaram que ninguém no mundo é mais importante do que eu. E por causa deles eu cortei o cabelo, comprei roupas novas, quase não esqueci de me maquiar, nunca saí de casa sem perfume, mantive as unhas impecáveis, não deixei de lado a meta de parar de fumar, perdi peso, ganhei sabedoria, reforcei certezas e sambei na cara da sociedade surgindo com a cabeça erguida e o sorriso rasgado no rosto!

Porque foi muito bom dedicar amor a cada um deles... mas ainda mais recompensador dedicar amor a mim!


E é por isso que, em 2013, vou amar ainda mais. Sejam 2 ou 3 desses caras que ainda estão por aí na minha vida (indo e voltando repetidas vezes...), sejam os que ainda estão por vir ou (se tudo der certo!!!) um carinha escolhido a dedo que virá e não partirá de quem falarei no último texto antes da virada de 2013 pra 2014 com orgulho de namorada babona! Porque o que eu amo mais que tudo é a esperança de que o ano que vem seja melhor do que esse que vai!!!

E para o seu 2013 junte-se a mim e corra atrás de mais amor, por favor!

quarta-feira, dezembro 19, 2012

em 2012, eu me irritei...



E assim estou abrindo os meus trabalhos de análise do ano de 2012 que, se o mundo não acabar na próxima sexta (vai que!), vai culminar em um texto muito do bonitinho que eu já comecei a escrever!

O primeiro tema é raiva! Porque se teve uma coisa eu senti nesse ano, foi raiva! Aqui vamos encaixar também ódio, preguiça, irritação, indignação e todo sentimento pouco positivo que passou por mim. Isso porque, infelizmente, eles permearam meu ano. Mas, felizmente, não foram constantes e nem os mais importantes. Por isso, começo pelo ruim pra terminar com o maravilhoso... E nessa brincadeira a gente fica livre do negativismo de uma vez!

Para começar preciso deixar clara a minha raiva pelas pessoas que se tornaram ainda mais egoísta ao longo do ano. E assim, eu passei 2012 me afastando de gente mesquinha. E também passei o ano desenvolvendo ódio por todas as periguetes e playboys que trombaram em mim, me empurraram, pisaram no meu pé ou derramaram cerveja na minha roupa durante as muitas festas que frequentei.

Em 2012, eu odiei cada homem que me abraçou de regata, roçando os pelos do sovaco no meu ombro. E cada rapaz que usou pochete, celular preso no cinto, que jogou no instagram foto no espelho da academia, que só malhou o braço, que diz que "mulher no volante é perigo constante", que insistiu mesmo depois que eu gritei sonoros "NÃOS", que tentou me convencer a beber campari. E todos os homens que me chamaram para falar que alguma mulher que estava passando era gostosa, como se eu fosse realmente reparar/olhar/concordar.


Senti raiva profunda todas as vezes que precisei ouvir jogos do meu time no rádio, aliás também odiei meu time. Mas não o suficiente para deixá-lo de lado. Portanto, me odiei por amar tanto o azul celeste a ponto de perdoar as falhas.


Esse foi um ano em que eu senti preguiça de gente preconceituosa e de pensamento restrito. Além de preguiça, passei o ano desprezando esse povo que esqueceu de si pra lembrar do que não gosta no outro. E senti raiva quando fui alvo de pré conceitos maldosos. E me indignei quando amigos queridos passaram pela mesma situação.

Externei, diversas vezes, minha falta de paciência para gente burra, machista, rebelde sem causa, complexa, covarde, enrustida e falsa moralista.



E não posso deixar de falar que, nos últimos doze meses, desenvolvi um ódio interno e contido por ter feito menos sexo do que queria, ter beijado as bocas erradas, ter me jogado de cabeça quando era para me controlar e ter esquecido meus filtros psicológicos em uma gaveta qualquer sempre que peguei no celular para mandar sms bêbada!



Mas a minha maior raiva veio em parceria com a frustração de não ter encontrado nenhum homem que me desse a oportunidade de ser sua namorada. Um incômodo que me acompanhou ao longo dos mais de 300 dias, porque tudo o que eu esperava era ter um ombro másculo pra me escorar quando eu estivesse cansada de tentar ser forte o tempo todo. E isso fez de mim uma pessoa que também sentiu raiva dos caras que me olharam mas não me viram.



Ainda tive tempo pra descarregar tudo de ruim que passou pela minha cabeça ao longo de 2012 odiando com muita força gente que fala "pobrema" ou "poblema". E gente que escreve "agente". Gente que me chama de "Tatiane". Gente que passa horas conversando comigo e esquece meu nome. Gente que compra um carro zero amarelo ovo.

Me irritei além da conta quando precisei acordar cedo nas segundas e não consegui dormir até tarde nos domingos, quando precisei lembrar que a matemática não foi extinta da minha vida, quando pessoas queridas sumiram sem aviso prévio e me deixaram sentindo culpada (mesmo sem ter feito nada de errado).


E pensando bem, vou dar o tema por encerrado porque um grande volume de coisas/situações/pessoas me fez perder o prumo no último ano e não convém ficar desenterrando o que já foi e tem que ficar onde eu deixei. No passado, mesmo que recente, mas longe de mim. 

Se o que quero de 2013 se resume a renovação do que é bom e conquista do que ainda não veio, energias negativas tem que ser colocadas em seu devido lugar. Já estão separadas! Umas serão reavaliadas e recicladas em energia positiva. Outras serão transformadas em pedidos de desculpas, porque nem sempre temos razão. E o que sobrou já está ensacada lá na porta esperando o caminhão de lixo passar. 

Eu vou buscar leveza no ano que vem. E só de compartilhar isso com você, já sinto que estou no caminho certo. Se você é um leitor de primeira viagem nesse blog, fique a vontade para tentar entender o que se passou na minha cabeça ao longo do ano,  acompanhando os texto que estão aí para baixo! E não deixe de voltar! Tanto você, quanto os leitores fiéis - que estão sempre por aqui - não podem perder os próximos textos. Ainda temos que falar de tudo o que foi bom, rever conquistas e falar dos amores (que vieram e se foram, mas que deixaram saudades)!


terça-feira, dezembro 11, 2012

o que eu faço com você?




Você aparece e eu viro outra! Ansiosa, agitada, olhando para todos os lados. Quase arranco a orelha de tanto mexer nos brincos. E quase abro feridas na nuca de tanto arrumar a parte de trás do cabelo. 

Acontece que muitas partes do meu corpo gostariam de se apresentar a outras tantas parte do seu corpo. Por sua causa, perco o assunto e começo a responder de forma monossilábica. Pessoas param de me incluir nas rodas de papo. 

Se eu estivesse meio bêbada, arrumaria um belo pretexto para falar com você, ao invés de me colocar na reta do seu olhar ou no seu caminho até o banheiro. 

Mas auto controle é como um trabalho de faculdade que você  gasta horas escrevendo no computador e que uma queda de luz pode jogar no lixo de forma devastadora.E tem mais... passei trinta anos lapidando essa minha personalidade! Quem você pensa que é para colocá-la na corda bamba de forma tão descarada?

Um dia eu te mostro como as coisas tem que funcionar entre nós. Chego onde você está, passo pelas pessoas sem olhar pro lado, te puxo pelo cós da calça e cochicho no seu ouvido o quanto me deixa louca. 

Tão louca que me irrita. Que diabos! Tudo em você me arrepia. A começar pelos seus olhos e como desvia do meu olhar. Seu corpo deve ter gosto de kiwi... suculento e a mistura perfeita entre o doce e o azedinho. E, olhando daqui, já sinto seu cheiro. Sempre levemente másculo e sedutoramente sutil. 

Cada vez que sua imagem me vem a mente, penso em manhãs preguiçosas de domingo acordando com o rosto apoiado no seu peito. E como a minha imaginação pode me trair assim? Eu quero sexo. E ela quer romance. Haja estrutura para conservar a sanidade. 

O problema é que não vou fazer nada. Aliás, vou manter a frieza no semblante e despreocupação na voz sempre que falar com você. Já que me dá a sensação de nunca me ver como uma futura conquista... muito menos minimamente atraente. Prefiro pensar que você é um babaca!!! Mesmo sabendo que não é! 

Ahhhh! Que se dane! Vamos imaginar a possibilidade de você ser totalmente bacana. E gentil. E que vai conquistar minha mãe com um sorriso. Aliás, haja imaginação.

Vira e mexe me pego atualizando longos diálogos entre nós. E tento prever todas as suas reações. E tento lembrar quem são seus amigos e quais foram todas as vezes em que nos encontramos. E revejo nossa total falta de proximidade. E ainda assim, tudo parece atraente! 

É tudo misteriosamente sedutor. Como não querer você? Esses olhos incrivelmente honestos! E a boca convidativa. E a insuportável mania de falar 500 vezes menos do que eu. Até essa timidez velada e essa capacidade destruidora de sair pela tangente soam sedutoras. 

Sabe o que poderia acontecer se, por um milagre divino, eu tivesse a chance de ter uma noite inteira só com você? Te pouparia das preliminares - tão super valorizadas - e as dedicaria a seu prazer. Ou iria direto ao assunto e que você fizesse de mim o que bem entendesse... porque a essa altura, haja controle da libido. 

E eu não sou de me entregar aos poucos. Que a gente se pegue com tudo... ou com nada, caso eu caia da cama e acorde desse delicioso sonho erótico. 


E haja assunto interessante para trocar com os amigos enquanto você cumprimenta todo mundo e chega cada vez mais perto. Concentração vira lenda nessas horas. Tem que ter uma solução menos chocante do que um banho de água frio ou o uso de ilusões amorosas para esse problema que você vem me causando!

Tô naquele ponto de vasculhar a mente atrás de qualquer lembrança tosca que diminua o meu tesão.

O vocalista dessa banda desafinando minha música favorita. Uma piriguete pisando com o salto quinze no meu pé. Você me ajudando a sentar e elogiando meu tênis. Sua mão na minha coxa enquanto chega mais perto pra ver se meu pé tá inchado. Eu arrepiando com o calor da sua mão.

DROGA! Que descontrole! Se concentra, Tatiana. Mais uma tentativa.

Meu vestido preferido no lixo por causa de uma queimadura de ferro. Alergia à nova coleção de esmaltes. Perder um dos brincos que acabei de comprar. Alguém me sacudindo pra me acordar. Eu abrindo os olhos, com um palavrão engatilhado na ponta da língua, dando de cara com você. Minha nuca arrepiando com sua respiração no meu ouvido. Você sussurrando que sexo pela manhã cura mau humor matinal. Você se embolando no coberto que está entre nós, enquanto eu perco o ar de tanto rir da nossa afobação desastrada. 

QUE SACO! De novo eu me perdi nesses pensamentos sacanas... acho que estou passando dos limites aqui! Daqui a pouco tô gostando de você e ninguém está entendendo mais nada! Nem eu!

domingo, dezembro 02, 2012

das coisas simples



E assim disse Mário Quintana: "a vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Se a meta está alta demais, reduza-a. A felicidade é um sentimento simples, você pode deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."

Quantas pessoas você conhece que já responderam que o querem da vida é ser feliz? Eu já perdi as contas. O que realmente nunca soube é o que faz com que você, um dia, ache que alcançou essa tal felicidade.

Não sei dos outros, mas sei de mim. E o que eu quero é o simples! Não sei quem é o pensador que diz que a simplicidade é o último degrau da sabedoria. Então quero estar nesse degrau.

A simplicidade envolve tudo na vida. E entenda, eu nunca fui uma pessoa com oportunidades para pensar a longo prazo. E se temos tempo, para qualquer coisa, temos a tendência a protelar e complicar...

"Mudança" é a palavra que me define. Mudei de cidade 7 vezes. Já morei em 14 casas/apartamentos/hotéis diferentes. Ao longo dos meus 30 anos, estudei em 7 instituições de ensino. Tenho amigos e conhecidos espalhados em todos os Estados brasileiros. Conheci tanta gente nesse tempo que não lembro mais nomes, feições e, muitas vezes, de onde...

Quando essa é a sua condição, você se adapta. E aprende que não dá pra encher a casa de peças decorativas. Que do Pára a Minas se gasta 3 dias de viagem. Que os amigos são importantes, mas não indispensáveis. Que desapego não é só edificante, mas libertador. Que sentimentos não são descartáveis. Que afinidade não se perde com a falta de contato. Que se "deixa a vida te levar" deixa passar grandes oportunidades. Que se complica as coisas, não as vive, nem aproveita, nem aprende.

Você descobre a simplicidade quando percebe que não terá tempo para prolongar as coisas. Por isso, se gosto, eu demonstro. Se não gosto, deixo claro. Se tiver que jogar na cara, eu jogo. Se estou afim, eu falo. Se me bater, eu devolvo o tapa. Se me der intimidade, também a ganha. Se me decepcionar, perde a chance de voltar atrás. Se define os outros por rótulos, te acho um babaca. Se assumir o erro, vou te respeitar. Se for honesto, também ganha meu respeito. Se lembrar que eu não sou perfeita, nem um poço de sabedoria e que também piso na bola, vou te amar. Se amo, me dedico. 

E assim, fui me transformando em uma mulher fácil de agradar, alegrar e conquistar. Me emociono com demonstrações de afeto. Ganho o dia com um "boa tarde" inesperado. Acho que abraços apertados são demonstrações de amor mais honestas do que muitos beijos. Buteco, cerveja, amigos e bate papo é o meu programa preferido. Acho que perguntar como foi meu dia, mostra mais interesse do que perguntar qual meu livro favorito. Se disser que uma música faz lembrar de mim, me conquista. Se me chamar pra comer um hambúrguer no fim da noite ao invés de um jantar formal na noite de sexta, fico vendida. E se disser que gosta de mim do jeito que sou, sem mudar nem os defeitos... eu apaixono!

Tão simples quanto ter com quem passar o domingo jogado no sofá!