terça-feira, julho 17, 2012

platônico que te quero amar


Cazuza dizia que "quem não sabe amar vive esperando alguém que caiba nos seus sonhos." E eu te pergunto: e quem sabe amar? Tenta caber no sonho de alguém?

Ora, estamos todos atrás de companhia, seja sonhada ou sonhadora. Há que se valorizar a "platonicidade" da coisa. O idealizar é quase sempre norteador. Já basta a boa dose de realidade a que estamos expostos diariamente. Ao menos no amor sejamos platônicos.

É claro que ninguém pode passar a vida inteira projetando no outro o que gostaria que ele fizesse/fosse/se tornasse.

No dicionário, "platônico" tem como sinônimos "casto", "idealista", "ingênuo" e "romântico". Como isso pode ser de todo ruim?

E pensando bem todo amor começa casto. Imagina-se a forma de olhar, o gosto do beijo, o cheiro da pele, o toque dos cabelos. Há uma certa ingenuidade sempre que se sonha como o cara será como namorado... e uma dose incrivelmente grande de romantismo quando se vê essa oportunidade cada vez mais perto!

Acho que o amor platônico tem algo de poético. Pressupõe timidez. É um querer, um divertir-se junto, uma identificação, uma vontade velada e uma distância inacreditável. O platônico remete à falta de coragem, mesmo tendo o desejo de estar perto.

Quem vivencia isso na vida aprender a dor e a delícia de amar, mas não se declarar. No fundo, todo romance começa assim.

A grande dúvida aqui é: como transpassar a barreira de insegurança que o platônico cria?

Eu, trabalho minha capacidade de dar indiretas escrevendo crônicas de amor num blog! E você?