quinta-feira, agosto 22, 2013

Divagações #1

De alguma forma o sono escapava Dele. Nas últimas noites era frequente se revirar na cama em busca de algum sossego e ainda assim o sono sempre escapava. Por mais que as noites mal dormidas cobrassem um preço o cansaço do dia seguinte nunca era suficiente para uma noite plena de sono. Com o coração inquieto era improvável que voltasse a ter as mesmas madrugadas tranquilas.

Na maior parte das vezes a paz só encontrada sabendo que se tem alguém em que amparar e em que possa contar, mesmo que o preço para isso seja caro de mais. Na verdade, nessas situações não se discute valor – mesmo que o “objeto” neste caso não tenha uma medida financeira. Em certos momentos só queremos dar a algumas pessoas aquilo que temos de melhor e sem pedir nada em troca. Apenas que aceitem a companhia, o carinho e o desejo de estar junto.

Na vida só é possível encontrar paz na calmaria de quem se ama. Se há alguma tempestade isso vale para os dois. É difícil compreender o porquê a tranquilidade nos escapa quando sabemos que quem amamos não a possuí. Mesmo quando para sermos protegidos somos deixados de lado. Isso porque a luta de um, querendo ou não, se torna a luta de dois – e disso Ele sabia que não abriria mão.

Enquanto divagava próximo à sacada da varanda – de posse de um cigarro, companheiro na hora de pensamento – o tempo seguia noite à dentro. E ele seguia sem dormir com o pensamento colado Nela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Concorda? Discorda? Opine!