Desde que caixa alta virou sinônimo de gritar, demonstração
de raiva ou qualquer coisa nesse sentido passei a me sentir arcaico. Nunca
entendi como se pode deixar de lado uma vírgula ou um ponto final. De algum
jeito não conseguia me encaixar nesse mundo moderno onde a nossa ortografia foi
abandonada sem um pingo – o mesmo que costumava vir em cima do i – de respeito.
De repente os porquês passaram a não ter diferenciação. Com
acento ou sem, separado ou junto? Tanto faz como tanto fez. Ponto vírgul
a só
para compor um emoticon. O mais virou mas e o mas passou a ser mais. Com
certeza agora é junto. Só falta me falar que embaixo tem que ser separado.
Mesmo com essa miscelânea não consegui ficar abobalhado ao
receber a mensagem do meu chefe: “vou te dar um conselho: não use ponto de
exclamação porque parece que está brigando com os outros”. Vendo o sermão via
sms – ô mundo moderno! – não entedia do escracho, pois por um breve texto
disse: “já estou indo chefe!”. Diante do esculacho o que me consola é o ponto
de interrogação. Porque este nunca perderá a sua razão de ser. Ou não?
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