quarta-feira, junho 16, 2010

Entre um trago e outro


Um copo de whisky sem gelo. Para algumas coisas sou bastante convencional, não acredito em água e muito menos em energético no whisky. Algumas coisas não devem ser mudadas e sim encaradas na sua forma mais crua. O que tento dizer é que devemos viver sem máscaras, são esses artifícios que tiram o sabor da vida. Sei que tudo isso não passa de palavras vazias, mas pra mim as coisas são assim.


Hoje as coisas parecem um tanto melancólicas, culpa do frio eu acho. E gosto disso, baixas temperaturas tornam o exercício de reflexão mais humano. Entre um trago e outro fico imaginando como seria a vida se nela tivesse espaço para coragem. Um homem se caracteriza por suas escolhas e começo a acreditar que as minhas não foram guiadas por nenhum sentimento nobre. Não que isso seja um privilégio meu, já que a nobreza há muito foi esquecida. É típico do ser humano vender a idéia de pureza, embora saibamos que somos impulsivos e o eu está em primeiro lugar. O egoísmo é a verdadeira natureza humana. Dizem que isso é um pensamento triste e eu concordo com todos vocês, mas sejamos realistas: essa é a vida. Tudo é bem simples. Melancólico, mas simples.


Se hoje tenho como companhia apenas a caneta e o papel é por causa de pensamentos assim. Não reclamo, ainda me resta o whisky sem gelo.


4 comentários:

  1. Só os badernaistas amam tanto a noite.

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  2. Whisky sem gelo... o famoso cowboy. Me lembro Dú Barros, nosso tio, que me ensinou a virar na talagada o velho Jack Daniel's.. tinha lá meus 15 anos e sou extremamente grato. Nada como whisky sem gelo.. ainda mais nesse inverno da terra do poeta. Inclusive, nesse frio, se disser whisky, digam saúde! tô gripado...

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  3. Um homem que encara a vida assim tem mais chances de viver sem decepções. Só não sei se isso é bom. Há quem queira acrescentar um pouco mais de sabor, disfarçar o amargo, demulcir o gosto e findar o copo num trago mais leve. Essas pessoas, porém, provavelmente se assustarão ou hesitarão ao encontrar a bebida crua, pura e real. É o preço que se paga por querer viver com um pouco de imaginação.

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