quinta-feira, agosto 12, 2010

#prontofalei

Ora vamos, você nunca teve aquela vontade sem controle de dizer coisas inaudíveis?
Nunca se perguntou pra onde foi a coragem na hora de falar poucas e boas na cara de alguém?
Aposto que já se odiou por deixar passar a oportunidade de ser super sincero...

E não só isso, quem nunca quis que o tempo voltasse pra dizer um "eu te amo" sincero?
Pra fazer um elogio honesto. Pra tecer comentários bondosos.

Você, com certeza, pensou, arrependido, que uma verdade dita na lata poderia ter sido mais positiva do que a omissão...

Todo mundo passa por isso. E todo mundo se arrepende. Todo mundo quer voltar atrás.

Pois bem, maturidade e vivência te dão essa capacidade.

Cheguei a um estágio de vida em que nada passa. Nenhum comentário mordaz ou ferino, nenhuma palavra carinhosa, nenhuma frase afetuosa, nenhuma ação amorosa.

A verdade é que a gente descobre que o tesouro mais caro da vida são as relações humanas. E elas são feitas de elogios e críticas. De amor e ódio. De ótimas convivências e péssimas amizades. De sinceridade e falsidade. De equilíbrio.

Mas não é aquele equilíbrio de corda bamba: ou você anda a passos curtos e incertos... ou tomba em queda livre! Não!

É aquele equilíbrio em que ora se flerta com o lado bom e positivo das relações, ora se "engalfinha" com a crueldade da convivência com o outro...

Todos temos um "q" de vilão. Todos somos uma porção "mocinho". Mas a grande parte do tempo, todos somos antagonistas de vidas traçadas a lápis. O importante é saber que usar a borracha não é defeito. É solução.

Se eu tivesse usado minha borracha da vida mais vezes, teria me arrependido menos do que deixei passar. Teria menos culpas, teria dito menos "se", teria pensado que voltar é retrocesso sempre! Em todas as ocasiões.

Mente quem diz "damos um passo atrás para dar três à frente". Tudo balela! Damos um passo atrás, porque não conseguimos mais andar para frente! Hoje em dia me permito, no máximo, dar passos para o lado! Pra trás, olho apenas pelo retrovisor!

Diria Fernando Anitelli: "Retrovisor é passado. É de vez enquando do meu lado... nunca é na frente... é o segundo mais tarde... (...) Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento. Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas. (...) Deixa explícito que se vou para frente, coisas ficam para trás... a gente só nunca sabe... que coisas são essas".

#prontofalei

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