quinta-feira, setembro 16, 2010

A síndrome da mulher impossível

Adentrei no grande salão a passos largos, estava decidido a ter uma conversa séria, já fazia algum tempo que tinha vários pensamentos que me sufocavam e precisava desabafar de alguma forma. Ainda que estivesse convicto, aquela situação me parecia ridícula: logo eu buscando apoio ali, naquele salão?


Não sei quanto tempo fiquei parado entretido nos meus pensamentos, mas percebi que era observado há algum tempo. Aquele olhar de sincera preocupação mexeu muito comigo, despertou em mim um sentimento que conhecia bem, mas ali não era lugar para extrapolá-lo. Até para mim era um completo absurdo.


Com passos vagarosos uma bela mulher se aproximou. Fiquei desajeitado, era uma situação no mínimo estranha. Ela, mais que depressa, ofereceu ajuda, um ombro amigo no qual pudesse desabafar. Não havia porque não aceitar, falei sobre a vida que levava e o quanto aquilo me angustiava. Bom, não me arrependia de muita coisa, mas alguma coisa me faltava e eu queria preencher essa lacuna de qualquer jeito.


Pacientemente ela me ouviu, ponderou um momento e se pôs a falar: “não posso te oferecer os meus conselhos habituais, pois sei que não te ajudaria, mas posso ajudar de outra forma se assim me permitir”. Congelei por um instante, mas já não tinha muito o que fazer: ela havia abaixado e abocanhado o meu pênis e com ele brincava.


Sabia que ela era casada e como em todo matrimônio a mulher tem desejos e quando não tem suas necessidades supridas tende a tomar atitudes impulsivas. Bom, o relacionamento dela não era o convencional, mas ainda sim ela tinha desejos – mesmo que não justificassem a situação no qual encontrávamos. Porém, sua atitude me condenava a uma sentença terrível: naquele momento tinha comprado a minha passagem para o inferno!


Dizem que não há perdão para quem traí Deus e eu me entregava a uma brincadeira bem sacana com uma de suas esposas. Uma freira porra!


Tão de repente como foi o começo aconteceu o seu final, na verdade foi um soco de realidade que me atingiu. Estava deitado em minha cama, ainda tonto de sono e um tanto incrédulo com o sonho que acabara de ter. Nada tinha sido verdade e uma parte de mim lamentava a aventura perdida, enquanto a outra parte tinha uma certeza: precisava parar com urgência de consumir pornografia na internet!

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