segunda-feira, dezembro 20, 2010

pensando bem...


Me dá um cigarro que vou desabafar.

Passei anos da minha vida tentando entender porque não sou como as pessoas gostariam que eu fosse. Também passei anos tentando ser... em vão!

Lutei contra o que pensava, aumentei histórias para parecer mais divertida, inventei amigos, ignorei comentários.

Lutei contra o espelho, contra a balança, contra os princípios, contra meus pais, contra minha forma de ver a vida. Em vão!

Aí, amadureci! Consegui o primeiro emprego, fui pra faculdade, me formei com louvor, fui morar sozinha, voltei pra casa, fiquei desempregada, fiz terapia, consegui emprego de novo, namorei, terminei, voltei, terminei de novo... sobrevivi.

Cheguei até aqui passando por todas as fases que uma pessoa pode passar na transição de adolescente pra jovem, de jovem pra adulto.

Atravessei todo o turbilhão de pensamentos e sentimentos que uma menina transpõe quando vira mulher. Sobrevivi.

Pensando bem, passei uma vida inteira (curta ainda, mas inteira) tentando virar uma pessoa que não poderia ser eu. Nem se minha vida fosse uma ficção a lá Tolkien! A Senhora dos Anéis aqui, não teria Frodos ou Légolas ou Aragons para deixar as coisas mais interessantes.

Vivi aventuras bem menos fantasiosas, mas igualmente interessantes. Conheci pessoas espetaculares. Vi lugares indescritíveis. Ri e chorei ao mesmo tempo.

Levo uma existência simples, mas tenho uma profissão que amo. Uma família sem igual. Amigos incríveis. E fé. E força. E coragem.

Pensando bem, o que a maturidade me trouxe de melhor foi a capacidade de olhar pra mim mesma e ter a certeza de que fui (e continuo sendo) o melhor que posso ser. Sem me basear nas expectativas dos outros, só nas minhas...

Meu cigarro acabou! Vou ali pegar outro... volto já!

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