segunda-feira, março 11, 2013

e não é o tudo!


Todo mundo tem uma música a qual recorre sempre que o medo de morrer sozinha conquista lugar naqueles pensamentos noturnos, que precedem o sono, quando a gente se prepara para dormir. 

Foi na voz de Jovelina Pérola Negra que ouvi pela primeira vez a música a qual recorro quando minha vida amorosa não faz sentido nem pra mim!

Ela diz: "foi ruim demais, mas pensei depressa numa solução para a depressão. Fui ao violão, fiz alguns acordes. Mas pela desordem do meu coração, não foi mole não, quase que sofri desilusão. Logo eu, com meu sorriso aberto... Malandro desse tipo, que balança mais não cai, de qualquer jeito vai ficar bem legal para nivelar a vida em alto astral!"

E assim, essa malandra aqui relembra que seu tipo de atitude é o de nivelar a vida por cima! E quando a gente espanta os medos, tem sempre a tendência a reajustar as certezas sobre si mesma! E adivinha quem precisou dar uma atualizada em si mesma?

Estou aqui lançando um novo olhar sobre a minha pessoa e refrescando a minha memória de como cheguei até aqui e em quem me transformei. Auto estima alta, amores! É sobre isso que se trata esse texto. Então paciência com o meu egocentrismo momentâneo. Não posso escrever textos que ajudam vocês a serem melhores sem que eu me sinta melhor antes!

Vamos deixar uma coisa bem clara aqui, eu sempre tive uma personalidade feminina atípica. Sim, eu gostava de bonecas. E de me pentear. Usei laços enormes nos cabelos impecavelmente lisos e penteados. Eu era uma menininha simpática e faladeira. Fofa mesmo. Mas não fiz balé, nem teatro. Largava qualquer boneca pra brincar de polícia e ladrão. Ainda tenho marcas de queimaduras de cano de descarga de moto, ferro de passar roupa e até de um tabuleiro de bolo recém saído do forno. Entendo de futebol, sei alguma coisa sobre carros e gosto tanto de filmes de amor quanto de ação (se bem que "Duro de matar" ganha fácil de "Titanic"... e Deus salve Indiana Jones!).

A verdade é que minha mãe me mostrou que força e feminilidade andam juntas! Assim virei uma mulher cheia de personalidade e opinião própria. 

Não fujo às regrinhas de ouro das mulheres. Morro de pavor de qualquer inseto/réptil/anfíbio existente no mundo, fui treinada para ser uma boa dona de casa, gosto de andar bem vestida, cheirosa e maquiada. Fico louca numa loja de sapatos, me sinto insegura em relação aos homens que me encantam, flores me conquistam, gosto de surpresas e SMS's banais me fazem sorrir.

Ao mesmo tempo, consigo abrir sozinha um vidro de palmito! Quero ter independência me dedicando ao jornalismo em mais de 8 horas exaustivas de trabalho. Sou uma negação quando a prioridade é academia, dieta e cremes hidratantes. Não vejo sentido em joguinhos de conquista. Se estou afim, ligo. Se tenho dinheiro, pago a conta. Acredito em sexo casual, sem cobranças e com tesão.

O que eu tenho que me fazer entender, diariamente, é que oscilar entre minha feminilidade - às vezes - contida e minha agressividade - hora ou outra - exagerada me fizeram única. Sim! Eu tenho que me convencer de que sou interessante e atraente. Não que eu não ache... mas é normal esquecer em algum momento.

Não é um problema se questionar sobre isso. A gente se acostuma a ser como é e esquece que renovação exige mudança. Se apegar a velhos costumes e comportamentos te dá referências de como você chegou até aqui, mas pode te sabotar na hora de ir mais longe. Abrir mão das certezas pode ser doloroso. E todo mundo sabe que não é fácil. Mas a gente caminha mais leve quando abre espaço pra corrigir os próprios erros.

E dar a minha cara a tapa, escrevendo nesse blog, tem sido reconfortante e pacificador. Ajuda a minha "nada-confiável" memória nos momentos (rápidos) de crise e a me colocar de volta no prumo.

E mais, as palavras "atitude", "encantamento", "gentileza", "charme", "educação" e "inteligência" se aplicam (sim!) a mim. E todas elas são a minha beleza. É nisso que acredito e é isso que busco nas pessoas que quero manter perto de mim. 

Mais carinho e menos carão. 
Mais naturalidade e menos esteriótipos. 
Mais vontade de se mostrar e menos vontade de usar rótulos. 
Mais simplicidade e menos enrolação.

Porque é esse tipo de ser humano que tenho me esforçado para ser. E tem sido ótimo e libertador! Portanto, sejamos todos assim!

Gabito Nunes diz o seguinte: "e estou pouco ligando, na verdade. Muito cedo eu aprendi a perder. E me saí bem, eu acho. Tanto que talvez eu não saiba fazer outra coisa." E eu completo, perdi tanto e tantas vezes que provavelmente chegou a hora de começar a ganhar! (sem tirar meu sorriso está no rosto!)


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